O meu gestor

Tudo aquilo que aprendemos na faculdade é valioso, porém nada se compara com a vivência direta que temos no trabalho. Nesse momento podemos avaliar quais partes das matérias realmente se aplicam à nossa vida profissional. Podemos perceber que nem tudo é perfeito no mundo coorporativo, dentro das empresas haverá sempre os bons e os maus profissionais, haverá àqueles que pensam que só se pode ascender através da destruição de outros e àqueles que desejam apenas construir uma carreira baseada em trabalho árduo, dedicação e persistência.
Bem, a intenção deste texto não é ficar falando de diversas pessoas e sim de uma só. Aquele que tem sido para mim o exemplo a ser seguido dentro da empresa na qual trabalho. Não é a toa que o Joel é o diretor de marketing de lá. Ele é um grande gestor, e eu procuro ouvir e aprender com ele todo o possível. Nesse post pretendo analisar as atitudes do Joel no dia-a-dia com as características de um empreendedor. Vocês notarão o quanto um empreendedor pode modificar toda a estrutura e pensamento atrasados de uma empresa parada no tempo.
Falando um pouco deste tal Joel: ele foi contratado no ano passado para suprir a falta de uma área específica de marketing, e desde então tenta reestruturar muitas coisas na empresa que se mostra extremamente atrasada e adversa às mudanças. Para isso, ele tem de convencer o presidente da empresa (o cara mais conservador que já conheci) a aceitar cada mudança que ele promove, e demitir e treinar novos funcionários, livrando-se daqueles acomodados que não produziam e só davam ainda mais despesa à empresa. Portanto ele não é o cara mais querido de lá.
Podemos começar por aí mostrando uma forte característica dele, a Necessidade de realizar, afinal, ele assumiu uma grande responsabilidade de reestruturar a empresa, tomou essa tarefa como um bom desafio e corre atrás de metas bem definidas para alcançá-la. Mostra também sua Tolerância a ambigüidade, pois em meio a uma grande desordem e incerteza de sucesso ele dá a cara à tapa e confia cegamente em si mesmo.
Falando um pouco do passado: o primeiro emprego do Joel foi em uma grande corporação com gerentes atrasados e fechados em suas próprias idéias. O que é extremamente comum, especialmente para nós que estamos entrando agora no mercado de trabalho com idéias novas e não influenciados pela cultura e regras das empresas. Bom, o chefe dele na época percebia sua pró-atividade e o fato dele controlar tudo em volta de si, então foi até ele e perguntou: Onde você pretende chegar assim? – Em um tom bem irônico como se o tivesse chamando de inexperiente pretensioso – E ele seguindo o tom do chefe: Vou tomar o seu lugar e te demitir, pois você não merece estar onde está. E assim o fez. Substitui seu chefe depois de 2 anos e demitiu-o, mas se arrependeu de tê-lo feito por imaturidade. Essa atitude demonstra o Lócus de controle interno de Joel. Apesar de ser um novato inexperiente e o meio conspirar contra, ele acreditava que seu destino dependesse apenas dele e ninguém mais. Isso também mostra o nível de Auto-confiança deste gestor.
Saindo do passado e falando do trabalho diário do Joel, ele é o primeiro a chegar na empresa e o último a sair dela, está lá aos fins de semana e feriados, viaja constantemente para diversos lugares do Brasil. Isso mostra seu Alto nível de energia.
Como seu trabalho é árduo e seu tempo escasso, ele cobra dos outros funcionários a mesma energia e velocidade. Ele possui um Senso de urgência muito claro. Ninguém melhor do que eu para dizer isso, afinal, tenho que de alguma forma tentar seguir o ritmo dele. E fico sem tempo até para postar no blog.

Bjos Voyage